Quando se entra em Vila Viçosa, vindo de Borba, Estremoz ou Elvas, encontramos à nossa direita, na Avenida Duque D. Jaime, a Porta do Nó. Lavrada em mármore e ardósia da região é constituída por arco de carena, ladeado por duas pesadas colunas torreadas, atadas às ombreiras por nós em mármore que lembram as cordas usadas nos ofícios marítimos, finalizando igualmente com um original nó concebido em pedra.
Este monumento simboliza o poder fidalgo dos Braganças.
Em frente à Porta do Nó não podemos perder de vista a Porta do Nós, antiga porta de entrada na vila, evocativa da Restauração da Independência e da Padroeira do Reino de Portugal, Nossa Senhora da Conceição.
Pelourinho
O pelourinho de Vila Viçosa ergue-se no local da antiga Praça Velha, junto ao largo D. Nuno Álvares Pereira, a meio da imponente Avenida dos Duques de Bragança. Trata-se de um belíssimo exemplar de pelourinho manuelino, construído no seguimento do Foral Novo outorgado por D. Manuel a este concelho alentejano, em 1512. A povoação (cujo primeiro foral, afonsino, data de 1270) estava integrada nos bens da Casa de Bragança, sendo uma das terras doadas por D. João I ao célebre Condestável, cujo genro, D. Afonso, Conde de Barcelos, foi elevado a Duque de Bragança em 1442. D. Jaime IV, Duque de Bragança e donatário de Vila Viçosa na época do foral manuelino, foi possivelmente o encomendante do monumento, cujo elegante recorte enobrece particularmente a terra onde este nobre se decidira instalar cerca de 10 anos antes.
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O monumento é composto por soco de quatro degraus de mármore quadrangulares, de parapeito, refeitos na década de 1940, altura em que o fuste se erguia sobre um singelo degrau liso; sobre estes assenta a base, um pedestal calcário composto por quatro animais híbridos (batráquios) de feição tosca e inspiração românica, certamente uma alusão às forças brutas da Natureza como fundamento, no que constitui uma formulação típica do Manuelino. O fuste é talhado em xisto e possui secção rectangular, de faces lisas, erguendo-se a boa altura. Sustenta um capitel diminuto, de secção quadrangular, sobre o qual assenta o remate. Este é em roca, formada por uma peça esférica vazada por recortes de acantos, com uma faixa longitudinal ao modo de zodíaco, e coroada por um pináculo bojudo e lavrado. O conjunto, que se ergue a c. de oito metros de altura, é seguramente um dos mais requintados exemplares do seu estilo, reflectindo bem não apenas a categoria do concelho, mas igualmente a importância do Ducado de Bragança.